[RESENHA #58] Hereafter, Eternidade - Hudson, Tara

By Unknown - 21:00

Boa noite, leitores!!
Faz tempo que não faço uma resenha, mas fim de semestre é meio agitado assim mesmo, agora que estou com mais tempo com certeza o Soul terá mais regularidade de posts ;) Vamos para a resenha?!



NOTA: 4/5       PÁGINAS: 350

SINOPSE: Pairando sozinha e perdida, Amélia vive o eterno pesadelo de acordar nas águas escuras de um rio misterioso. Sua única certeza: Ela está morta. Ao tentar salvar Joshua, um garoto que se afogava no mesmo rio de águas escuras que a vinha mantendo prisioneira há tanto tempo, Amélia passa ter sensações diferentes e a descobrir os segredos que rondavam sua morte. A conexão entre Amélia e Joshua ultrapassa as barreiras da vida e da morte. E eles precisam proteger essa felicidade a qualquer custo...

ONDE ENCONTRAR:  AMAZON - SKOOB


"Hereafter" é um dos três livros que comprei no ano passado na Bienal-SP. Então, também faz parte dos vários livros que estão há mais de seis meses na minha lista de leitura e que estou tentando vencer até pelo menos o fim do ano, rs. Li para o Junho Soul desse ano, mas com todos os problemas que teve, não pude realmente fazer um post para ele. Também por isso, acredito, acabei empurrando um pouco a resenha, para fazer com mais calma. Quando comprei o livro, eu sabia que seria uma leitura que eu faria por distração e sem uma emoção extrema de ansiedade, pois foram livros que claramente eram pouco conhecidos e a sinopse me agradou só um pouco, sem me dar aquela curiosidade gostosa de quando ficamos muito interessados na história. Mesmo assim, li com tranquilidade e foi uma leitura até que gostosa. Uma coisa muito legal na contra-capa é que eles dão um número de páginas para você ler para ver se se identifica com o livro. Foi muito interessante e com certeza foi o que me levou a fechar a compra.

A história conta de Amélia, uma garota que há algum tempo já está morta e vaga pelo mundo dos vivos sem rumo. Tudo é sem emoção em sua pós-vida solitária, afora seus pesadelos. Pesadelos que ela tem com sua morte, que começam do nada e terminam sempre quando ela está quase se afogando e desistindo de se debater. Sempre aparece em um cemitério - que ela supõe que é o seu, mas nunca fica tempo suficiente para descobrir, correndo de pânico. Até um dia, em que em um de seus pesadelos, ela percebe que não está sonhando, e que embora esteja no lago, está diferente. Tem um carro afundando no lago e um garoto dentro dele.

"Desta vez as coisas pareciam diferentes, por mais que aquela cena escura e revolta fosse quase a mesma que eu via em cada um dos meus horríveis pesadelos. Quase. Porque desta vez, não era eu quem estava se afogando. Era ele."

Amélia logo percebe que precisa salvá-lo. Não sabe o que a faz agir assim, mas sabe que não pode deixar que outra pessoa morra daquela forma. Então ela tenta de tudo para salvá-lo. E percebe que no curto espaço de tempo entre o momento em que o coração dele para de bater e ela de alguma forma o faz bater de volta, o menino pode vê-la. Ninguém nunca pôde vela. E é aí que conhecemos Josh. Após o garoto conseguir escapar do lago e ser socorrido, Amélia sente que não quer deixá-lo ir; algo a prende profundamente ao garoto que sobreviveu. Após alguns dias, ela o reencontra na ponte de onde o carro caiu. Os dois começam a se conhecer e logo Amélia percebe que deve falar a verdade. Porém, Josh não foge. Ele tenta entender o que realmente pode estar acontecendo. Como um fantasma e um vivo poderiam estar se apaixonando? Como isso poderia ser real?

"O beijo desabou sobre mim, com onda após onda de puro fogo. Aquela dor explodiu no meu peito como uma bomba atômica, incinerando tudo em seu caminho. Deixei que aquilo me queimasse e me consumisse."

Mas não tem só um problema romântico entre esses dois. Tem muito mais. A vó de Josh é uma Vidente, pessoas com certos poderes, que lutam para exorcizar espíritos que ficam na terra, mais principalmente aquele que vive na Estrada da Ponte Alta, de onde Amélia vem. E a avó pode vê-la. E a quer longe do neto. Quando Amélia parece começar a lidar com um dos problemas, aparece outro em formato completamente diferente: Eli - um fantasma como ela, que vive em um submundo controlando almas perdidas para seus mestres. E a quer ao lado dele.

"...eu tentava imaginar como devia ser ficar presa dentro daquela floresta escura ou, que Deus me livre, em algum lugar entre as trevas daquele abismo sob a ponte..."

Amélia tem que lidar com tudo isso, enquanto tenta descobrir mais sobre sua vida e sobre o que realmente significa seu pós-vida. Quanto mais Amélia busca saber sobre sua morte e sobre tudo o que realmente aconteceu, mais descobre que pode ter muito mais trevas no evento do que poderia imaginar.

A narrativa é em primeira pessoa, seguindo Amélia, é uma narrativa fluida e que dá vontade de continuar lendo. Porém, a história se desenvolve meio confusa, bagunçada, justamente por Amélia ser tão ignorante em relação ao que aconteceu com ela e com sua vida. Ela não entende e não sabe de nada e a única pessoa que pode lhe contar é tão diabólico quanto seus mestres. Então o processo do livro é bem lento. O grande clímax gira em torno de sua morte e é muito bom, tem algo de suspense constante no desenrolar das coisas e o romance entre ela e Josh - embora confuso e estranho - é muito fofo e gostoso de observar. O problema é que aparentemente o único jeito de eles ficarem verdadeiramente juntos seria se Josh morresse ou Amélia voltasse à vida, o que parece muito improvável. Então a autora vai ter que melhorar muito o enredo para conseguir dar um desfecho bom para esses dois.

"Sem pensar. Num piscar de olhos. Eu sempre escolheria a eternidade, se essa eternidade fosse com ele."

Fiquei satisfeita com a leitura, embora não seja uma história muito extraordinária. Valeu a compra, rs. Recomendo para quem quer ler algo de romance fantástico ou sobrenatural. A história tem sequência, mas não tenho muita vontade de continuá-la rs. Ficou bastante coisa para explicar e Amélia inda tem um grande caminho a percorrer para entender completamente o que ela é, mas fico com um pouco de preguiça.

Obrigada!

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