[RESENHA #69] Ira (Herança de Sombras #3) - Bizatto, Juliana
By Soul dos Livros - 19:00
Boa noite, leitores!!
Desde que terminei "Apocalipse" (volume 2 da série, resenha aqui), fiquei desesperada para ler "Ira". Mas não esperava que seria um acumulado de sentimentos um subindo em cima do outro, me deixando completamente atordoada ao fim da leitura (que aconteceu há pouco mais de meia hora).
Este livro tem todas as características de nossa querida série Herança de Sombras: surpresas, tensões, romance, sentimentos e, é claro, magia.
Desde que terminei "Apocalipse" (volume 2 da série, resenha aqui), fiquei desesperada para ler "Ira". Mas não esperava que seria um acumulado de sentimentos um subindo em cima do outro, me deixando completamente atordoada ao fim da leitura (que aconteceu há pouco mais de meia hora).
Este livro tem todas as características de nossa querida série Herança de Sombras: surpresas, tensões, romance, sentimentos e, é claro, magia.
SINOPSE: Samantha está mudada...
Restam apenas ecos fracos de sua vida antiga em meio a um oceano de conflitos.
No momento em que os caçadores foram embora, os ataques recomeçaram, cada vez mais desafiadores e letais. Quando Samantha não pode mais contar com Hilária, seus amigos e sua família, ela faz novos aliados. Vampiros, lobisomens e fadas, todos de índole duvidosa, e neste caminho descobre uma nova versão de si mesma, que apesar de não ser sua faceta mais simpática talvez seja a única forma de sobreviver neste mundo que se abriu para ela. Ou não.
Monica se nega a acreditar que não há outro jeito e está disposta a qualquer coisa para que Sam não se distancia de sua família. E em uma guerra pela alma de Samantha, a única certeza é a Ira.
“Abrace sua face mais sombria”
Restam apenas ecos fracos de sua vida antiga em meio a um oceano de conflitos.
No momento em que os caçadores foram embora, os ataques recomeçaram, cada vez mais desafiadores e letais. Quando Samantha não pode mais contar com Hilária, seus amigos e sua família, ela faz novos aliados. Vampiros, lobisomens e fadas, todos de índole duvidosa, e neste caminho descobre uma nova versão de si mesma, que apesar de não ser sua faceta mais simpática talvez seja a única forma de sobreviver neste mundo que se abriu para ela. Ou não.
Monica se nega a acreditar que não há outro jeito e está disposta a qualquer coisa para que Sam não se distancia de sua família. E em uma guerra pela alma de Samantha, a única certeza é a Ira.
“Abrace sua face mais sombria”
Quando comecei a ler "Ira", senti logo o choque de estar vendo uma face inesperada de Samantha. Após passar por um trauma atrás do outro em "Apocalipse", nada mais compreensível porém do que a nossa "Bad Sam". Uma bruxa impiedosa e poderosa, pronta para fazer o que for necessário para que todos saibam que ela está viva, ativa e não perdoa fácil. No final de "Apocalipse", a bruxa vai até Hilária para conseguir uma poção que a cure de todo o seu sofrimento por que passou, tudo isso a leva à decisão drástica de cada vez mais esconder seus sentimentos reais e deixar aflorar sua face mais crua, afastando a tudo e todos.
"Mas eu não estava colecionando amigos, e sim garimpando aliados."
"A magia transborda de mim e eu tenho que ser alguém que eu não sou, apenas para agradá-los! Por quê?"
Mônica é um alívio merecido da escuridão que gira em torno de Sam. Vemos o desenvolvimento de sua narrativa enquanto ela mantém sua confiança e esperança na prima-irmã. Acho que a palavra que mais marca toda a Mô que vemos neste livro é justamente esta: ESPERANÇA. Enquanto sua narrativa é permeada por flash-backs interessantes e sua força em acreditar que Sam tem salvação. Também é por onde vemos como foi a mudança das atitudes e pensamentos da nova bruxa.
"Ela parecia a casca vazia do que um dia foi a minha prima bronzeada e brilhante, um eco fraco da sua coragem e ousadia."
E talvez... Apaixonada. Rica e ela estão cada vez mais apaixonados um pelo outro e faz o leitor logo se apaixonar pelo personagem maravilhoso que ele é. Que a Mônica sempre se apaixona fácil, o leitor já sabe. Mas conforme ela descreve e fala sobre seu amor, fica difícil para o leitor não acreditar que esse relacionamento é como o ar que ela respira. Porém, Rica parece esconder algo, sempre desviando o assunto quando Sam, seu paradeiro ou seu comportamento estão envolvidos. O leitor terá que aguentar a tensão e os segredos, enquanto até Mô sente que más coisas se aproximam.
"Havia um desespero tomando conta dos meus sentidos, um pavor de nunca mais vê-lo, tocá-lo, beijá-lo, senti-lo..."
Vemos uma evolução muito boa entre os personagens, especialmente em Samantha, claro. Acompanhamos enquanto ela descobre ser capaz de muito mais do que ela já imaginou, abraçando os elementos naturais do mundo como se fossem parte dela, de repente. E tentando controlar estas habilidades novas. O crescimento da Sam é muito interessante e novamente podemos ver a atenção da autora em não entregar tudo logo de cara, deixando o leitor suspeitar, criar suas teorias, experimentando junto com ela. Ainda mais quando novos inimigos (desconhecidos) começam a colocar um alvo em suas costas.
"Era em momentos como esse que era difícil saber onde terminava meu corpo físico e quando começava minha alma bruxa."
Com a "Bad Sam" perdemos nossas queridas borboletas e estrelinhas, algo que achei muito interessante na escolha da autora! Era perceptível que estávamos lidando com outra Sam, outra visão, outros sentimentos. E especialmente: alguém para quem Ben era um nome proibido e quase nunca pensado. Tanto que quando o pensamento cai sobre os olhos verdes conhecidos, é justamente um leve marco de que algo pode estar errado.
"A dor era insuportável. Eu precisava sair dali. Eu precisava voltar para Tormento, eu precisava do meu remédio."
Meu coração ainda está sofrendo e sei que talvez eu precise de um golinho daquela poção da Sam. Ou não. Pode não valer a pena. E aí, vamos ler e saber por que?